O termo proteína deriva do Grego, proteios, que significa "a que toma o primeiro lugar" / "de primeira qualidade". A proteína é o componente funcional dos núcleos de todas as células.As proteínas e as gorduras constituem a parede celular das células de natureza animal e estas juntamente com os hidratos de carbono cobrem as paredes celulares das células vegetais.
Bioquímica: As Proteínas são compostos de alto peso molecular, compostos orgânicos de estrutura complementa e massa molecular elevada (de 100.000 a 100.000.000.000 ou mais unidades de massa atômica), sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um grande número de moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações denominadas ligações peptídicas. Uma proteína é um conjunto de no minimo 20 [1] aminoácidos, mas sabemos que uma proteína possui muito mais que essa quantidade, sendo os conjuntos menores denominados Polipeptídeos, tem como uma das muitas funções o crescimento e a recuperação dos vários tecidos do corpo humano.
Existem vários tipos de proteínas no nosso organismo com funçoes especializadas: o colagénio dá suporte aos tecidos, as hormonas para regulação do sistema fisiológico, a hemoglobina para o transporte de sangue, os anticorpos que lutam na defesa do organismo e metabólicas como é o caso das enzimas digestivas.
A protéina no organismo humano é bastante estável e quase 100% reciclável, assim para ser resposta precisamos de uma ingestão miníma.
A deficiência de proteína é um tema muito abordado no que toca à nutrição, tanto que leva pessoas a terem medo de realizar algumas dietas devido a terem receio de ter carência da mesma. A sua causa é tao incomum que não existe qualquer termo médico para o referir.
Uma condição denominada como kwashiorkor foi em tempos considerado como um déficite proteíco causado por uma restrição bastante severa de calorias (marasmus). Este termo foi retirado do diccionário médico e quando é abordado é denominado de "marasmatic kwashiorkor".
A população em geral ingere a maioria das proteínas na forma cozinhada, ou seja estas não poderão ser utilizadas na totalidade, esta só pode ser 100% integrada e absorvida quando a sua cadeia de aminoácidos se encontra completamente intacta. O elevado calor (cozeduras, etc) degrada essa cadeia de aminoácidos fazendo com que as proteínas fiquem "desnaturadas", assim perdem toda a sua viabilidade.
Quando as proteínas são aquecidas a temperaturas iguais ou superiores a 71,7ºC , estas são deterioradas não podendo ser absorvidas pelo nosso corpo, pior que isso ao cozinharmos as proteínas irá orginar a formação de mutagénios e carcinogénios, que irão agredir o organismo quando ingeridos, quando nos alimentamos de proteínas cozinhadas o nosso organismo reconhece-as como sendo substâncias tóxicas que têm de ser eliminadas o mais depressa possível (daí os gases com a ingestão de leguminosas - grão, feijão, etc). Quando comemos alimentos cozinhados o nível de glóbulos brancos aumenta num ratio de 5/6 vezes mais que o valor normal para limpar essa mesma toxicidade.
O grande problema das proteínas não é comer pouco, mas sim o inverso comer muito. O excesso de consumo de proteínas está ligado a um imenso número de problemas de Saúde como: obesidade, cancro, doenças cardíacas, artrites e falhas renais e hepáticas (fígado), entre outras.
As carnes de porco, o peixe e outros produtos animais são compostos por 35-65% de calorias que derivam de proteínas. Os produtos com alto teor de proteínas são maioritariamente também ricos em gorduras, assim o consumo de proteínas está invariavelmente ligado ao consumo de gorduras excessivo.
Atletas
Em atletas de alta competição o consumo de gorduras está para além do excesso de peso. O consumo de gorduras excessiva pode levar a aterosclerose e mais tarde à arterioesclerose. Isto é irá acontecer um estreitamento (formação de trombo) e posteriormente um engrossamento que poderá levar a uma má circulação sanguínea, levando a que o aporte de Oxigénio seja diminuido, fazendo com que o atleta não obtenha o máximo rendimento.
Crianças e a Proteína: As crianças têm um consumo de proteína diferente do adulto isto porque também crescem de forma exponencial. Assim a densidade de proteína contida no leite materno pode dar-nos uma ideia da percentagem de proteína necessária para um humano. O leite materno fornece 6% de calorias como proteínas. Na adolescência o crescimento começa a abrandar e começamos a maturar, para além dos 30 anos de idade até o crescimento muscular do homem e da mulher não contribui nem necessita de um maior consumo de proteinas.
Assim para a manutenção do nosso organismo como o crescimento capilar e das unhas, a reciclagem das mucosas intestinais, dos glóbulos brancos entre outros necessitam de uma quantidade mínima de proteinas, ao ponto de não existir quaisquer termos médicos para relatar estes tipos de problemas como já foi referido anteriormente.
Energia: Contrariamente ao que o povo pensa as proteinas só são utilizadas em último recurso pelo nosso organismo como fonte de energia, na verdade é a última opção do organismo, esta só é utilizada quando todos os hidratos de carbono e gorduras foram utilizados.
Mito: Proteína constroi massa muscular - Basta olharmos para um Gorila para vermos que isso é um erro, o músculo é criado quando é trabalhado, é contudo possível que um baixo nível de proteína não permita ao músculo desenvolver-se/reparar-se mas isto apenas se não forem consumidas as calorias suficientes. Em atletas / bodybuilders poderá ser necessário aumentar o consumo de proteínas através da ingestão de mais calorias (através de frutas e vegetais) e não da ingestão directa de proteínas ou gorduras.
Ciência e Actualidade: Descobertas recentes demonstram que um aumento de actividade física não leva a um aumento de consumo de proteínas por caloria. O que aumenta é o consumo de calorias (daí o apetite por alimentos doces depois de grandes esforços físicos), um atleta pode precisar de 10 vezes mais calorias que uma pessoa sedentária.
Imaginemos uma Volta a França em bicicleta num evento desportivo deste género é possível que aconteça uma diminuição da ingestão de proteina que leve a uma não reparação dos tecidos musculares, os atletas começam muitas vezes eventos como este com mais 6, 7 ou até mais quilo que vão perdendo ao longo da prova. Neste caso os atletas terão de aumentar ainda mais o consumo de calorias e não de gorduras ou proteínas, um atleta na volta a frança consome 10.000 a 14.000 calorias diárias, é facil de ver que com este consumo abusivo de calorias temos todos o ratio de proteinas necessárias.
Alimentos: O consumo de Frutas e Vegetais frescos e crus fornecem o corpo humano com o ratio de proteína mais que suficiente. A fruta geralmente fornece proteinas num ratio de 6% das suas calorias totais. Os vegetais que consumimos fornecem cerca de 15% de proteinas das calorias totais. Ao contrário das proteinas de origem animal, a proteina contida na fruta e vegetais frescos pode ser completamente absorvida. Como bónus tem ainda a vantagem de ter baixos níveis de gorduras saturadas e não tem mau colesterol. Para além disso as frutas e os vegetais fornecem-nos o nosso organimo com fibras que não existe nos produtos de origem animal.
Em anexo: Durian Rider é um atleta que pratica ciclismo e é Crudivero e Vegan (frutas e vegetais), numa dieta 80/10/10 realiza análises sanguíneas frequentemente os seus níveis de proteína encontram-se aos niveis de bodybuilders que ingerem batidos proteicos.
Videos:
parte 1
parte 2
Alimentação Viva
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